segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
CINCO MENTES PARA O FUTURO
O século 21 pertencerá às pessoas capazes de pensar de modo múltiplo. Quem não conseguir desenvolver essa capacidade está destinado a sucumbir - profissionalmente e socialmente - num mundo onde a informação é superabundante, no qual, para se fazer a escolha justa, é necessário deixar-se guiar pela capacidade de síntese ou por uma intuição bem treinada.
Quem afirma isso não é um visionário qualquer. É Howard Gardner, o professor da Harvard University (EUA) que, há 20 anos, desmontou a idéia até então largamente aceita de que existia um único modo - o quociente de inteligência, QI - para medir a capacidade do cérebro humano. Por conta disso, Gardner ganhou um lugar fixo na lista dos cem intelectuais mais influentes do mundo, anualmente compilada pela revista Prospect.
Gardner acaba de lançar um livro que está fazendo furor em todo o mundo: Cinco Mentes Para o Futuro (Editora Artmed). Nele, o autor desenvolve a teoria de que, para se sobreviver no mundo atual, é necessário ser rigoroso e criativo ao mesmo tempo.
A primeira das cinco abordagens mentais examinadas pelo professor norte-americano é a da "mente disciplinada", a mais clássica entre elas, a mente que recolhe as várias informações e estímulos recebidos ao longo do tempo e depois as dirige e põe em prática num campo particular de atividade, exatamente o campo em que essa pessoa se distingue.Logo após, vem a "mente sintética", essencial na época da internet e da profusão dos canais de notícias: quem possui esse tipo de impostação mental coleta as informações, as seleciona e sintetiza de maneira original. A "mente criativa", que vem em seguida, é aquela que cultiva novas idéias e é capaz de formular perguntas insólitas e de obter respostas inesperadas.A seqüência continua com duas abordagens que Gardner define "não opções, mas sim necessidades" nos dias de hoje: a "mente respeitosa" - a maneira de pensar de quem aceita as diferenças, se esforça para compreender os outros e colaborar.Por fim, vem a "mente ética", aquela que avalia as necessidades e os desejos da sociedade global, buscando atingir objetivos que vão além dos interesses pessoais. "Estou certo de que existem outros aspectos além desses, e que seria importante estudá- los, - explica o autor - mas esses cinco são aqueles que merecem ser enfatizados nos dias atuais."
Em seu livro, Gardner explica as razões que o levaram a escolher essas cinco abordagens como fundamentais: "O mundo do futuro, com os seus mecanismos de busca, robôs e outros recursos informáticos, exigirá de nós a posse de capacidades que até agora eram apenas opcionais: para responder a essa solicitação, é preciso que comecemos a cultivá-las desde já."
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ResponderExcluirhttp://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/418/artigo56012-1.htm