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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A ALEGRIA DA DANÇA!

"A dança é, sem dúvida, uma das linguagens mais significativas das expressões humanas. Ela pulsa o samba, o bumba-meu-boi, o maracatu, o frevo, o afoxé, o baião, o xote, o xaxado, o funk, o rap, o hip-hop, as danças de salão, as danças eruditas, o jazz , a clássica, a moderna e a contemporânea. Além de Integrar, ajuda na formação crítica e consciente, amplia vivências e faz dialogar no processo criativo, estético e sócio-cultural. Dançar faz bem. Quem dança é mais feliz. Eu amo dançar! Pratique dança. Dê o primeiro passo e ofereça a você mesmo uma oportunidade de descobrir os segredos do corpo que se move!"
(texto de Jabim Nunes)





DEUS APRISIONADO

A Dança", 1910. Óleo sobre tela, 260 x 391 cm. Museu do Ermitage


POR: Cida Almeida / Goiânia, GO 11/2/2007 (1)


Impossível de tintas
A criação desvairada pede
Um teto todo seu
E ele CRIA.

Uma abóbada celeste
Flutua sobre a cama paralítica
Com o cheiro de tinta fresca
Asfixiando os alvéolos da alma.

A criação exige forças ocultas
Ele prende a respiração
E as mobiliza desde o inferno
Da dor de não existir em cores
E formas.

Ele reinventa o céu
Das impossibilidades a criação
Mina tintas imaginárias
Que escorrem das terminações nervosas
Dos dedos hábeis que habitaram
O fundo de um olho mágico
Que só ele sabe tocar
Com tamanha delicadeza.

Dedos e olhos e alma
No frenesi de um desenho etéreo
Acordando em cores para a luz
Perfeita de Deus
Aprisionado
(Extasiado!)
No momento gênese da tela.

Genial o menino que ele fabrica
No mais profundo da dor
De não ser Deus.

Mas ainda tem o poder do encantamento
De uma fúria primitiva
E faz da cama paralítica
Um berço esplêndido.

E reinventa a brincadeira de pintar
Com o prazer de um menino
Completo em artimanhas
Ele esquece as cores luminosas
A sensualidade de suas tintas
E as combinações impulsivas
Na alquimia da paleta.

E dá um salto:
E quem disse que só se pinta com tinta?
(E quem me diria que só se escreve com palavras?).
O pincel domesticado assume a forma
De tesoura mágica
E o balé da criação continua
Divertido e essencial
Picotando papéis coloridos
O menino volta às telas
E estende a alma
Para uma arte que cola
Um riso satisfeito
Na cara da vida
E dança com alegria.

Enquanto Deus contempla
E diz: Bom, muito bom!

NOTA

(1) O link da poesia foi enviado poe e-mail pelo prof. Jabim Nunes. http://www.overmundo.com.br/banco/quero-brincar-em-verso-e-prosa-no-jardim-de-matisse



Postado por Imaculada

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