Visita dos alunos do NA Grande Otelo/itinerância na Escola Municipal Isaias Alves-6ª CRE- no dia 5 de outubro, à exposição PANORAMAS organizada pelo Instituto Moreira Salles - localizado à Rua Marquês de São Vicente 476, Gávea-RJ.
Construída em 1951, esta casa pertencia ao embaixador, ministro e banqueiro Walther Moreira Salles e família.
Formado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma, autor do projeto da casa que hoje abriga o centro cultural do Instituto Moreira Salles no Rio de Janeiro. Filho de diplomata, a partir dos cinco anos Olavo Redig de Campos (1906-1984) passou a viver na Europa.
Projetada por Olavo Redig de Campos no final da década de 40, foi concebida com três alas ao redor de um pátio. Ela apresenta desenvolvimento horizontal, proporções clássicas e dimensão incomum.
Em plena Gávea, ao pé de uma montanha, com um rio passando pelo jardim.
Dentro da casa, além das exposições, funciona um cinema de arte e um centro que se dedica a preservação e divulgação da música brasileira.
Em 1990, a transformação em centro cultural foi conduzida pelos arquitetos Luíza Dutra e Walter Menezes.
O local tem por finalidade exclusiva a promoção e o desenvolvimento de programas culturais, principalmente nas áreas de fotografia, literatura, cinema, artes plásticas e música brasileira.
O Instituto abriga salas de exposição, sala de aula, biblioteca, auditório, cafeteria, restaurante, loja de arte, ateliê e dependências para hóspedes.
O Instituto comporta ainda em seu terreno a Reserva Técnica Fotográfica.
O projeto paisagístico é de Roberto Burle Marx, concebido e executado em 1949.
(São Paulo, 4 de agosto de 1909 — Rio de Janeiro, 4 de junho de 1994).
Foi um artista plástico brasileiro, tendo ganhado renome internacional ao exercer a profissão de arquiteto-paisagista. Morou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde estão localizados seus principais trabalhos, embora sua obra possa ser encontrada ao redor de todo o mundo.
Burle Marx possui várias obras espalhadas pela cidade do Rio de Janeiro. Ele é considerado um dos maiores paisagistas do século XX.
No centro da foto: Diretora da Escola professora Sueli de Assis, do lado direito, chefe Adjunta do Núcleo de arte Grande Otelo Professora Ruth Rejala, ao lado esquerdo, Professor Cláudio, responsável pela Oficina itinerante na Isaias de Flauta e Violão.
Guiados por Gabriela Lima e Maya Dikstein, arte/educadoras do IMS, nossos alunos conheceram a história da litografia, técnicas relacionadas à captação e reprodução da imagem em uma pedra que podia imprimir milhares de folhas por dia; um simples sistema de registro permitia coloridos então inimagináveis em impressos; enfim, não foi por acaso que a gravura em pedra veio a se transformar, na tecnologia da impressão. Esta técnica de impressão utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas.
Termo de origem grega formada por lithos (pedra) e graphein (escrever).
Senefelder 1818 — Litografia de Lorenz Quaglio (1793-1869)
Coube a Alois Senefelder o mérito de ter equacionado e sistematizado os princípios básicos da impressão a partir da pedra. Foi em 1796 em Munique, que Senefelder, autor de teatro de sucesso discutível, na procura de meios de impressão para seus textos e partituras, uma vez que não encontrava entusiasmo por parte dos editores, acabou por inventar um processo químico que permitia uma impressão económica e menos morosa que os procedimentos gráficos da época.
A invenção abriu novos caminhos para a produção artística como significa também um enorme passo na evolução da impressão de caráter comercial.
Esta técnica de impressão utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas.
Ao contrário das outras técnicas da gravura, a litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através da gordura aplicada sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na xilogravura e na gravura em metal.
As pedras eram desenhadas ou escritas com uma tinta pastosa composta por cera, sabão e negro de fumo, após o que as gravava com uma solução nítida. O ácido não atacava as partes escritas, que estavam protegidas pelas tintas, mas somente as zonas a descoberto. Deste modo obtinha um ligeiro alto relevo, que entintava com uma bala, procurando não sujar as zonas não impressoras, após o que procedia à impressão.
Esses procedimentos que moldaram a representação que mostram as paisagens urbanas e natural brasileira no decorrer do século XlX, contribuiu para a formação da imagem do país e sua divulgação no exterior, deixando um legado primordial para a história e memória do país.
No segundo momento eles viram e manusearam uma Câmera escura.
Gabriela disse que é um tipo de aparelho óptico baseado no princípio de mesmo nome, o qual esteve na base da invenção da fotografia no início do século XIX. Ela consiste numa caixa com um buraco no canto, a luz de um lugar externo passa pelo buraco e atinge uma superfície interna, onde é reproduzida a imagem invertida.
Foi a primeira máquina fotográfica da história, se assim podemos dizer. Com seu aperfeiçoamento, como a criação de lentes, por exemplo, o que proporcionou imagens mais nítidas, surgiu outra necessidade: como fixar as imagens?
Thomas Wedgwood deu um importante passo nesse sentido, tendo usado, no início do século XIX, a substância química nitrato de prata para fixar as imagens da câmara escura. Entretanto, este processo durava várias horas!
Outros nomes importantes na história da fotografia foram Louis Jacques Mandé Daguerre, que passou a usar vapor de mercúrio e tiossulfato de sódio na fixação das imagens, o que reduziu o tempo de revelação para apenas alguns minutos; além do inglês Willian Henry Fox-Talbot, que criou um eficiente mecanismo de fixagem, o qual produzia os famosos “negativos”.
No momento seguinte as educadoras dividiram a turma em dois grupos, para mostrar as fotografias e as litografias dos artistas viajantes, como os alemães Johann Moritz Rugendas e Carl Friedrich Vom Martius, e o inglês Charles Landseer, entre outros que passaram pelo Brasil. Ao todo foram 313 obras, entre fotografias, desenhos e gravuras produzidas entre os anos de 1820 e 1920.
Empenhados em registrar tudo o que viam, esses artistas deixaram vários registros em papel: esboços naturalistas, estudos preparatórios, aquarelas e gravuras, que, reproduzidas em larga escala,ilustravam álbuns de souvenir e livros de viagem
No acervo de fotográfico, existem obras de renomados fotógrafos estabelecidos no Brasil como Augusto Stahl, Victor Frond, Militão Augusto Azevedo, Georges Leuzinger,Marc Ferrez, entre outros.
Para das uma sensação realista, os alunos puderam vivenciar uma reconstituição cenográfica de uma rotunda,
“grande atração nas principais cidades européias no final do século XVIII e início do século XIX”.
As rotundas eram edifícios de forma cilíndrica construídos especialmente para abrigar grandes panoramas. Na exposição há uma vista do Rio de Janeiro, mostrada em Paris no ano de 1824. A imagem tem 9m de perímetro em uma estrutura circular, e foi a primeira representação do Brasil na Europa. Em uma sala equipada com 5 projetores e uma tela de 3m de altura por 15m de comprimento, em formato semicircular, com projeções sequenciais de 15 panoramas, onde retrata o Rio de Janeiro, Salvador,Recife,Olinda entre outras. A idéia é: Disse as arte/educadoras propiciar aos visitantes a sensação então experimentada pelos frequentadores desse entretenimento urbano, precursor do cinema
Ao término da exposição:
Para dar uma sensação de deslumbramento, tal qual, o decorreu do século XIX, quando os viajantes que estiveram aqui no Brasil, retratando de forma exuberante nosso cenário natural.
As mediadoras do IMS buscaram estabelecer um diálogo produtivo, quando, propuseram aos nossos alunos que retratassem as paisagens externas do Instituto, no qual fariam registro com desenhos de observação do jardim.
O cenário aguçava os sentidos deles, inspirando-os a fazer um registro bem realista do lugar.
Elas disponibilizaram lápis e bloquinhos de papel. Para isso, devendo expressar ali, suas observações, tal como os antigos viajantes.
Nossos alunos conheceram os painéis também de sua autoria, situado, junto aos jardins do Instituto, as fontes e os laguinhos, exemplo da beleza e harmonia, que presenteia nosso olhar.
Observaram atentamente o espaço do jardim e os tipos de plantas que ele possui, ressaltando as formas das plantas, suas texturas, o modo como refletem ou absorve a luz, o tamanho, a proporção entre as partes das plantas, suas flores, seus frutos, etc.
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